Perguntas Frequentes
Cada caso é único.
Conheça as perguntas mais frequentes sobre implantologia.
A colocação de um implante é, na esmagadora maioria dos casos, um processo simples, rápido e indolor. O cirurgião prepara um pequeno orifício no local escolhido e, de seguida, coloca o implante no orifício preparado. A cirurgia para um único implante pode não demorar mais que 15 minutos.
A colocação de um implante obedece a protocolos de preparação óssea específicos e que dependem do tipo de osso e do tipo de implante. De um modo genérico, podemos dizer que estes protocolos consistem no uso de brocas de diâmetro progressivamente crescente sendo que, em tipos ósseos mais densos e para implantes de maior diâmetro, a preparação inclui um maior número de brocas e, em tipos ósseos menos densos ou para implantes de menor diâmetro, um menor número de brocas é utilizado.
A maioria das cirurgias começa pela exposição do osso onde vai ser posto o implante. Contudo, em casos bem selecionados, é possível um tipo de cirurgia em que essa exposição não se realiza. Estas cirurgias, denominadas “flapless”, podem ser executadas com a ajuda de guias que permitem um melhor posicionamento do implante.
Várias opções podem também ser tomadas no que respeita a como irá ficar o implante durante o tempo de cicatrização que, em implantologia, chamamos osteointegração. O implante pode ficar por baixo da gengiva durante esse período ou pode ficar já com uma ligação à cavidade oral, quer através de um pilar quer através de uma prótese provisória.
Não há razão para haver dores durante a colocação de um implante. Este é um procedimento que se executa sob anestesia local. Poderá ser realizado com anestesia geral, em casos específicos ou a pedido do doente.
Nos dias seguintes é de esperar que apareça algum edema. Contudo, isto não tem nenhum significado em relação ao prognóstico.
À parte desta pequena complicação pós-operatória, não é usual haver complicações mais graves. As dores pós-operatórias são evitadas e controladas pela medicação.
Para substituir um dente há várias opções, englobadas, genericamente, em dois grandes grupos: as soluções fixas e as soluções removíveis. As próteses removíveis são conhecidas, vulgarmente, como “placas”. Podem ser acrílicas, se são feitas em resina acrílica, ou esqueléticas, se têm uma estrutura metálica. As próteses fixas são as pontes e coroas (também conhecidas pelo nome de “pivots”) e os implantes.
Na minha opinião, a solução que melhor restaura as várias funções dos dentes e que, simultaneamente, nos oferece um melhor prognóstico são os implantes.
Cada vez se utilizam menos as próteses removíveis. São a solução menos confortável e que pior restaura as funções dos dentes. Estas próteses são retidas por ganchos que favorecem a acumulação de restos alimentares e de placa bacteriana. Se não houver uma higiene cuidada, podem aparecer cáries que ponham em risco a viabilidade dos dentes suporte da prótese. Este fator é ainda agravado pela força exercida por ganchos e apoios nesses mesmos dentes. Por vezes, estes dentes têm de ser extraídos, os ganchos passam para outro dente, a prótese vai-se tornando maior, e o processo continua. Além disto, o apoio nas gengivas também pode resultar em vários problemas, desde simples ulcerações da mucosa a situações mais complexas como as candidiases ou estomatites protéticas, entre outras.
Como se não bastasse, ainda há os casos onde os pacientes não conseguem adaptar-se às próteses por causa do movimento que têm ao mastigar ou por falta de retenção. A prótese não tem estabilidade e com facilidade se desinsere ao mastigar ou simplesmente ao falar. Estes factos provocam no paciente uma grande insegurança nas relações sociais pois pode acontecer que a prótese saia no decorrer de uma simples conversa ou durante um jantar de amigos, levando a situações desconfortáveis e caricatas. A prótese esquelética, embora representando um acréscimo de qualidade quando comparada com a prótese acrílica, está sujeita ao mesmo tipo de complicações.
Para resolver o problema da falta de um dente recorrendo a prótese fixa, aparecem-nos 2 tipos de soluções: as pontes e os implantes.
A prótese fixa é, em qualquer das hipóteses, a que melhor restaura a função mastigatória e é a mais parecida com os dentes naturais, por isso mais confortável. Diria que, comparando as duas opções, as pontes implicam o desgaste de dois dentes para a substituição de um dente perdido, o que não acontece quando se coloca um implante. Embora seja uma técnica segura, com muito tempo de evolução e, atualmente, com o uso de materiais cada vez mais sofisticados, o suporte da ponte continua a ser feito em dentes naturais, sujeitos a cáries e a doença periodontal, o que, a acontecer, significa a perda da ponte.
É também importante realçar que, estatisticamente, os implantes são a solução que maior índice de sucessos apresenta. Não obrigam a desgaste de dentes naturais saudáveis, não se apoiam em dentes naturais, são mais próximos da dentição natural e são mais previsíveis. Poderia assim resumir as qualidades dos implantes que justificam o facto de deverem ser equacionados como a primeira escolha para a substituição de um dente em falta.
Para restaurar vários dentes perdidos, as soluções dividem-se em soluções removíveis (as vulgares “placas”) e soluções fixas (pontes e implantes). Embora cada caso tenha de ser objeto de estudo, genericamente as soluções fixas sobre implantes são as melhor aceites pelos pacientes, as que melhor restauram a capacidade mastigatória e as mais confortáveis e previsíveis. Por isso devem ser ponderadas como a primeira escolha nestes casos.
Cada vez se utilizam menos as próteses removíveis. São a solução menos confortável e que pior restaura as funções dos dentes. Estas próteses são retidas por ganchos que favorecem a acumulação de restos alimentares e de placa bacteriana. Se não houver uma higiene cuidada, podem aparecer cáries que ponham em risco a viabilidade dos dentes suporte da prótese. Este fator é ainda agravado pela força exercida por ganchos e apoios nesses mesmos dentes. Por vezes, estes dentes têm de ser extraídos, os ganchos passam para os dentes vizinhos, a prótese vai-se tornando maior, e o processo continua. Além disto, o apoio nas gengivas também pode resultar em vários problemas, desde simples ulcerações da mucosa a situações mais complexas como as candidiases ou estomatites protéticas, entre outras.
Quando a prótese reabilita a perda de vários dentes, será uma prótese de maiores dimensões podendo, para se obter maior estabilidade, ocupar todo o palato ou uma grande área no maxilar inferior.
Como se não bastasse, ainda há os casos onde os pacientes não conseguem adaptar-se às próteses por causa do movimento que têm ao mastigar ou por falta de retenção. A prótese não tem estabilidade e com facilidade se desinsere ao mastigar ou simplesmente ao falar. Estes factos provocam no paciente uma grande insegurança nas relações sociais pois pode acontecer que a prótese saia no decorrer de uma simples conversa ou durante um jantar de amigos, levando a situações tão desconfortáveis e como caricatas. A prótese esquelética, embora representando um acréscimo de qualidade quando comparada com a prótese acrílica, está sujeita ao mesmo tipo de complicações.
Quando falamos de prótese fixa, devemos distinguir se esta é feita tendo dentes naturais como pilares ou se os suportes da prótese são implantes. As duas soluções são boas, melhores que as próteses removíveis, tendo que se estudar qual a mais vantajosa para a reabilitação do paciente em causa. Genericamente, poderemos dizer que, pelo facto de necessitar de desgastar dentes naturais, que podem ser saudáveis, as pontes sobre dentes serão uma segunda opção, dando primazia às pontes feitas sobre implantes. Isto porque preservam íntegros os dentes naturais, restauram eficazmente as suas funções e são mais previsíveis a longo prazo.
É possível recorrer a implantes para ajudarem a sua prótese removível a ficar mais estável ou, se pretender uma solução fixa, com um pequeno número de implantes pode obter uma prótese fixa, confortável e estética.
A prótese total inferior é difícil de segurar. Não são muitas as pessoas que conseguem usar, sem complicações uma prótese total inferior. Contudo, as soluções de que dispomos permitem mudar radicalmente este panorama:
Podemos aproveitar a prótese que já usa, desde que esteja bem sob alguns pontos de vista, como a estética, a adaptação e a oclusão, e recorrendo à colocação de um mínimo de 2 implantes, melhorar em muito a retenção da prótese. Esta continua a ser removível, no entanto, uma vez colocada na boca o paciente sente-a bem presa e pode voltar a sentir-se à vontade a mastigar e a falar, o que representa uma melhoria considerável na sua qualidade de vida.
Podemos começar uma solução completamente nova, fixa, com a colocação de um mínimo de 4 implantes. Aqui a prótese já não é “de tirar e pôr”. Esta prótese é aparafusada aos implantes e só o implantologista a poderá remover. É uma solução melhor e mais confortável que a anterior. É a solução que mais se aproxima os dentes naturais.
Em relação á prótese superior, há somente duas pequenas diferenças: a prótese completa superior é, normalmente, melhor tolerada pelo paciente e, embora dependendo de cada caso, ao recorrer a uma solução com implantes, é de equacionar a colocação de um maior número de implantes. As opiniões dividem-se mas, é de um maior consenso a necessidade de um mínimo de 6 implantes para uma solução fixa completa no maxilar superior.
De uma forma simples, um implante equivale a uma raiz artificial. Esta pode servir de suporte a um dente único ou, em conjunto com mais implantes, suportar estruturas de maiores dimensões, que podem chegar até a uma prótese completa.
Durante a evolução da implantologia, várias formas de implantes foram tentadas. Os implantes sub-periósteos, colocados por baixo de uma membrana que reveste os ossos chamada periósteo, e os trans-mandidulares, que atravessavam a mandíbula desde a crista óssea até ao bordo inferior, são seguramente dos mais antigos e em desuso.
Dentro dos implantes endo-ósseos, colocados na espessura do osso mandibular ou maxilar, os implantes em lâmina estão também em desuso, embora fossem utilizados no passado. Outros tipos, como os cilíndricos, maciços ou ocos, cónicos, impactáveis, rosqueáveis, são exemplos dos vários desenhos que foram sendo tentados ao longo do tempo.
Atualmente, os implantes usados têm a forma cilíndrica, de paredes paralelas ou com forma levemente cónica, são rosqueáveis e têm superfície rugosa.
No que respeita à previsibilidade dos implantes, os diversos estudos estatísticos publicados apontam para uma percentagem de sucesso acima dos 95%, o que torna os implantes o modo mais previsível de repor os dentes em falta.
Não. Os implantes não são todos iguais. Existem vários tipos de implantes que se adequam a cada situação específica. Existem implantes de vários diâmetros e de vários comprimentos, de modo a poderem ser utilizados consoante a quantidade de osso disponível.
Uma segunda diferença, e muito importante clinicamente, tem a ver com o desenho do implante. Assim, existem implantes desenhados para obter melhores resultados em osso pouco denso e implantes desenhados para osso de maior densidade.
A superfície dos implantes também difere. Como se tornou num fator importante em implantologia, as marcas mais importantes desenvolveram superfícies que tornam o processo de cicatrização mais rápido e mais previsível.
Por último, a não menos decisiva questão comercial. Atualmente existem no mercado centenas de marcas comerciais de implantes. Algumas, porque estão no mercado há mais tempo e, por isso, passaram já por um processo de “seleção natural”, porque apresentam um maior número de soluções e suporte científico mais credível para os materiais que comercializam, tornam-se marcas merecedoras de maior confiança. Consideram-se neste grupo 4 ou 5 marcas comerciais cujos preços, e aqui reside o único fator negativo, pode ser o triplo das restantes concorrentes.
Como contrapartida, os implantes, os protocolos cirúrgicos e protésicos, todos os componentes necessários para a realização da prótese, são exaustivamente estudados e testados. Deste modo, quando o implantologista utiliza qualquer um dos seus materiais ou conceitos sabe que está a proporcionar ao seu paciente um tratamento seguro e com elevado índice de sucesso. Tão seguro que está a coberto de garantia do fabricante dos implantes caso aconteça a tão temida “rejeição”. Por isso, dois implantes aparentemente iguais podem não o ser…
Os primeiros implantes foram colocados em 1965, na Suécia, pelo Professor Branemark.
Desde aí, vários têm sido os estudos estatísticos publicados indicando o índice de sucesso deste tratamento.
Todos apontam para elevadíssimas taxas de sucesso, em média a rondar os 95%.
Não existem contraindicações absolutas permanentes em implantologia. O processo de integração do implante no osso baseia-se no mesmo princípio da cicatrização após a extração de um dente. Por isso se diz que quem pode tirar um dente pode também colocar um implante.
Todavia, há situações em que será necessária a colaboração com o médico assistente para escolher qual a melhor altura para colocar o implante e estabelecer se o paciente terá que suspender temporariamente alguma medicação que possa estar a tomar.
A lista seguinte inclui um grupo de situações clínicas em que é importante esclarecer a relação risco/beneficio. Se um paciente tem necessidade de realizar uma reabilitação com implantes e padece de alguma das doenças ou está a ser medicado com algum dos medicamentos da lista abaixo, o implantologista deverá avançar com prudência.
Nenhuma doença ou medicação é contraindicação absoluta permanente mas, devem ser avaliadas as condições de saúde do paciente, se possível em colaboração com o médico assistente, e decidir em que condições se fará a colocação dos implantes.
Em alguns casos, a terapêutica instituída pode ser temporariamente suspensa, em outros casos será prudente deixar o implante, durante a cicatrização, protegido pela gengiva (ver “como se põe um implante?”), em outros casos ainda, poderá ser mais vantajoso aguardar algum tempo, para que, por exemplo, o paciente termine um tratamento, e só depois proceder à colocação dos implantes.
- Osteomalácia
- Raquitismo vitamina D dependente
- Artrite reumatóide
- Sida ou HIV positivos
- Doenças psíquicas ou psiquiátricas
- Sindroma de Sjogren
- Doenças neuropsiquiatricas como doença de Parkinson
- Displasia ectodermica, escleroedema, lupus ou líquen plano
- Doença de Crohn
- Doentes transplantados
- Sindrome de Papillon-Lefèvre
- Doença de Paget
- Doentes irradiados na mandíbula ou maxilar
- Doentes em processo de quimioterapia
- Osteoporose
- Osteogénese imperfeita
- Diabetes não controlada
- Patologia cardiovascular ou respiratória severa
- Doenças hemorrágicas
- Doença periodontal
- Dependência de álcool ou drogas
- Tabagismo
- Doentes imunodeprimidos
- Doentes hipocoagulados
- Medicação com bifosfonatos
Esta é a primeira questão que os pacientes colocam.
No entanto, entendo que não deve ser respondida sem ter sido realizado um exame clínico e radiográfico. Porquê? Vejamos o seguinte exemplo que ilustra bem o que pretendo dizer:
O objetivo do paciente é substituir um dente em falta, um molar inferior, por exemplo. A pergunta que coloca será “quanto custa substituir este dente?”. No entanto, sem um exame clínico é impossível saber se algumas modificações relacionadas com a perda de dentes ocorreram ou não e, tendo ocorrido, em que grau de gravidade se encontram. A perda de um molar inferior leva a que o dente antagonista, superior, extrua. Por vezes essa extrusão leva-o a ocupar o espaço deixado livre pelo dente inferior perdido. Ora, isto pode implicar um simples desgaste ou a desvitalização e a realização de uma coroa no molar superior, para ser possível colocar o molar inferior perdido.
Por outro lado, pode ser necessária a realização de algum tipo de aumento do volume do osso pois este remodela-se com a perda do molar inferior.
Ora, assim, sem em exame clínico e radiográfico não é possível detetar estes pormenores que farão toda a diferença para responder à pergunta “quanto custa? ”.